EA é Vendida por 55 Bilhões de Dólares para Consórcio Liderado pela Arábia Saudita e Jared Kushner.


A gigante dos videogames Electronic Arts (EA), conhecida por franquias como EA Sports FC, Battlefield e The Sims, foi adquirida por um consórcio de investidores em um negócio avaliado em 55 bilhões de dólares. Com a transação, a empresa deixará de ser negociada em bolsa.
Quem está por trás da compra

O grupo de compradores inclui o fundo soberano da Arábia Saudita (PIF), a gestora de private equity Silver Lake e a Affinity Partners, empresa de investimentos de Jared Kushner, genro do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump.

Vale lembrar que o PIF já possuía 9,9% das ações da EA antes do acordo. Além disso, o fundo saudita também é dono de participações em jogos de sucesso como Pokémon Go e Monopoly Go.

A transação foi estruturada com recursos próprios dos investidores e conta parcialmente com um empréstimo do JPMorgan Chase. Trata-se da maior aquisição privada da história no setor, financiada integralmente em dinheiro.

Polêmicas e futuro da empresa

A EA é frequentemente alvo de críticas por suas práticas comerciais, como microtransações, acesso antecipado pago e loot boxes em seus jogos, o que já lhe rendeu o título de “empresa mais impopular dos EUA” em diversas ocasiões.

Apesar da mudança de controle, Andrew Wilson continuará como CEO, cargo que ocupa desde 2013. Ele também segue como presidente do conselho desde 2021.

Em comunicado oficial, Wilson declarou:

“Voltados para o futuro, continuaremos a expandir os limites do entretenimento, do esporte e da tecnologia, criando experiências que inspirem as próximas gerações. Estou mais motivado do que nunca para o futuro que estamos construindo.”

O que essa venda pode significar para os jogadores

A compra da EA levanta várias questões sobre o futuro da empresa. De um lado, a entrada de investidores tão poderosos pode trazer estabilidade financeira e permitir que a companhia invista em novos projetos ambiciosos. Por outro, a presença do fundo saudita e de Jared Kushner gera preocupação sobre o grau de influência que fatores políticos e estratégicos terão no direcionamento criativo da empresa.

Além disso, a EA já tem uma reputação desgastada junto ao público por conta das suas políticas agressivas de monetização. O risco é que, em busca de retorno rápido sobre um investimento tão alto, o novo consórcio pressione ainda mais por modelos de negócio que priorizem lucro em detrimento da experiência do jogador.

Se essa venda será um novo fôlego criativo ou apenas o reforço de práticas controversas, só o tempo vai dizer. Mas uma coisa é certa: esse movimento é um marco no mercado de games e pode redefinir a forma como grandes publishers serão controladas no futuro.

O escritório central da EA permanecerá em Redwood City, Califórnia.
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